A primeira é de que devemos acreditar porque nossos ancestrais acreditavam,o que é totalmente duvidoso visto que nossos ancestrais eram bem mais ignorantes que nós e acreditavam em coisas totalmente questionáveis como que a terra era quadrada e coisas do tipo,a segunda resposta é de que a religião traz provas como a bíblia por exemplo,o que também é altamente questionável visto que o que eles chamam de provas não são nem provadas e também se encontram em discussão,além de estarem cheias de contradições e falsificações,a terceira resposta é a de que não se deve questionar sua autenticidade,ora,isso já a coloca em posição extremamente suspeita,demonstrando a insegurança dos religiosos,pois se estivem seguros colocariam a prova a quem quer que seja.Freud afirma que "esse estado das coisas é em sí próprio um problema psicológico",mesmo com essas a ausência de explicações e essas justificativas que mal se encaixam a humanidade ainda insiste em acreditar em algo que não se sustenta.
domingo, 18 de dezembro de 2011
A ilusão,a doutrina de negação da vida,o ópio do povo -Parte2
A primeira é de que devemos acreditar porque nossos ancestrais acreditavam,o que é totalmente duvidoso visto que nossos ancestrais eram bem mais ignorantes que nós e acreditavam em coisas totalmente questionáveis como que a terra era quadrada e coisas do tipo,a segunda resposta é de que a religião traz provas como a bíblia por exemplo,o que também é altamente questionável visto que o que eles chamam de provas não são nem provadas e também se encontram em discussão,além de estarem cheias de contradições e falsificações,a terceira resposta é a de que não se deve questionar sua autenticidade,ora,isso já a coloca em posição extremamente suspeita,demonstrando a insegurança dos religiosos,pois se estivem seguros colocariam a prova a quem quer que seja.Freud afirma que "esse estado das coisas é em sí próprio um problema psicológico",mesmo com essas a ausência de explicações e essas justificativas que mal se encaixam a humanidade ainda insiste em acreditar em algo que não se sustenta.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
A ilusão,a doutrina de negação da vida,o ópio do povo -Parte1
Antes de mais nada,acho interessante que possamos separar em nossas cabeças 2 coisas:
1.Separar a concepção de uma divindade (Deus) de instituição religiosa.
2.Separar as duas concepções de divindade :
-Deus como uma entidade personificada como é retratado por exemplo no cristianismo e no hinduísmo
-Deus como uma energia
Bem,os três teóricos de maneira geral compartilham de idéias bastante parecidas,Freud em seu livro "O Futuro de Uma Ilusão" discursa sobre a civilização e o que seria sua maior ilusão,a religião.Mas para entendermos melhor o porque de Freud ter escolhido a palavra "ilusão" para se remeter a religião dentre outras coisas,primeiramente é preciso fazer uma viagem ao passado que o próprio livro nos instiga.
Antes de usar cotonetes e talheres,a espécie humana vivia em um completo estado de natureza até que desses seus primeiros passos em direção a cultura,deixando de ser apenas natural,cíclica e limitada para construir e transmitir uma cultura,o que nos torna animais simbólicos (capacidade de representar) permitindo a aquisição e desenvolvimento de uma linguagem,assim como a consciência do outro,da morte e de nós mesmos,possibilitando ao homem se mover no tempo e no espaço.
Rousseau fala a respeito em "Do Contrato Social",onde podemos dizer (bem resumidamente) que tanto a civilização quanto o homem ao nascer,"assinam" uma espécie de contrato social onde deve-se renunciar a barbárie e os instintos de uma vida natural,livre e primitiva,para obter os benefícios de uma sociedade com todos os seus limites e repressões,mas que os protegia de uma natureza que ao mesmo tempo que libertava,os eliminava pelos próprios meios,pois o outro também teria os mesmos direitos que eu de matar e oprimir a quem quiser,inclusive a mim.Foi justamente devido a esses perigos naturais que nos ameaçam que demos a luz a civilização,"Pois a principal missão da civilização,sua razão de ser real,é nos defender contra a natureza." (Freud).
Acho que por hoje é só,no próximo post eu continuo a partir dos motivos encontrados no livro sobre os porquês de acreditar em em uma divindade e/ou seguir uma doutrina religiosa.
Beijos :*
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
"Eu vos ensino o Super Homem.
O homem é algo que deve ser superado.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Luta antimanicomial =D
Quando se fala em pacientes mentais e comportamento desajustado,vem em mente,pessoas em estado de surto,confusas,com alucinações e perda da capacidade psicológica e motora,tornando praticamente impossível uma vida social "normal".
mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana."
sábado, 29 de maio de 2010
Mecanismos de defesa-A realidade como ela NÃO é .
- A Repressão: Ocorre quando as pessoas excluem da consciencia motivos,idéias,lembranças que podem gerar ansiedade.Eles permanecem no subconsciente e não se manifestam para não causar ansiedade e angustia no individuo,mas mesmo assim,influe no comportamento.Além de que durante o processo de repressão o individuo tende a ter um otimismo não compatível com a realidade,vendo apenas o lado bom de coisas desagradáveis para não se machucar.Lembrando que esse processo é inconsciente e acontece quase que diariamente.Como exemplo temos uma pessoa em que viu uma cena de assassinato mas como está em estado de choque não consegue se lembrar do ocorrido.
- A Negação:Quando ocorre algo que nos incomoda profundamente, há a tendencia a não aceitar esse ocorrido, ou lembrá-lo de modo incorreto..Então negam a realidade,ignoram ou recusam -se a reconhecer a existência desses aspectos desagradáveis de suas experiencias,apesar de estarem plenamente cientes das mesmas.Esse método sempre envolve a autodissimulação,na qual o próprio indivíduo se engana,como por exemplo,uma pessoa portadora do vírus HIV que ao receber o resultado diz ao médico que o exame não é dele,que ele se sente muito bem portanto não está doente.
- A Fantasia:É um processo psíquico em que o indivíduo concebe uma situação em sua mente, quer satisfazer uma necessidade ou desejo, que talvez não pode ser, na vida real.satisfeito.O sujeito imagina de orgias e coisas contrarias a sua realidade até por exemplo as férias tão desejadas,um encontro amoroso ou possíves soluções para um problema,fazendo com que as necessidades fantasiadas sejam de um certo modo supridas.
- A Racionalização::Envolve a invenção de razões plausíveis e aceitáveis para determinadas situações,atos,pensamentos ou impulsos quando alguém deseja esconder de si próprio as verdadeiras explicações,é um processo pelo qual o sujeito procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral, para uma atitude, uma ação, uma idéia, um sentimento,cujos motivos verdadeiros causariam angustia nele e fariam sua mente entrar em conflito por não irem de acordo com sua moral e realidade.Podemos dar como exemplo quando o sujeito dá desculpas do tipo "Eu teria passado naquele exame se o professor não tivesse feito perguntas tão idiotas" que possibilita ao estudante evitar o seu desespero ou capacidade limitada.
- A Formação reativa:É quando as pessoas escondem de si próprias algum motivo,emoção,atitude,traço da personalidade ou qualquer outra coisa parecida,expressando o oposto.Como por exemplo o ódio disfarçado de exagerada exibição de amor,o forte impulso sexual em excessivo recato,a hostilidade em gentileza.É como se a mente não quisesse admitir determinado fato e para isso demonstra o oposto,lembrando que o individuo não está representando algo que ele não é,pois esse é um fenômeno inconsciente.
- A Projeção:Manifesta-se quando o Ego não aceita reconhecer um impulso inaceitável do Id e o atribui a outra pessoa.No sentido propriamente psicanalítico, operação pela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro- pessoa ou coisa- qualidades, sentimentos, desejos e mesmo “objetos”que ele desconhece ou recusa nele.As pessoas que se utilizam da projeção são muito mais rápidas em observar defeitos nos outros que muitas vezes elas mesmas possuem (e as vezes até em maior grau) mas não o "enxergam" em si mesmas.Como exemplo temos,uma mulher que critica uma conhecida por ser muito gastadeira enquanto ela mesma o é.
- A Identificação:É um processo psiquico no qual o sujeito assimila uma característica ou comportamento de outra pessoa e imita essa característica,se identificando.Nós também somos compostos por várias identificações ao longo da vida.Podemos exemplificar através de um menino que vê outro ser generoso,admira a atitude e a repete incorporando-a ao seu comportamento.
domingo, 16 de maio de 2010
O amor do pequeno principe *--*
E eis que acabamos com a análise o pequeno príncipe x]
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Análise "Le petit prince *-* parte III
Depois, com melancolia, ele disse:
- É bem mais longe... Bem mais difícil...
Eu percebia claramente que algo de extraordinário se passava. Apertava-o nos braços como se fosse uma criancinha; mas tinha a impressão de que ele ia deslizando verticalmente no abismo, sem que eu nada pudesse fazer para detê-lo...
Seu olhar estava sério, perdido ao longe:
- Tenho o teu carneiro. E a caixa para o carneiro. E a mordaça...
Ele sorriu com tristeza.
Esperei muito tempo. Pareceu-me que ele ia se aquecendo de novo, pouco a pouco:
- Meu querido, tu tivesse medo...
É claro que tivera. Mas ele sorriu docemente.
- Terei mais medo ainda esta noite...
O sentimento do irreparável gelou-me de novo. E eu compreendi que não podia suportar a idéia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.
- Meu bem, eu quero ainda escutar o teu riso...
- Mas ele me disse:
- Faz um ano esta noite. Minha estrela se achará justamente em cima do lugar onde caí o ano passado...
- Meu bem, não será um sonho mau essa história de serpente, de encontro marcado, de estrela?
Mas não respondeu a minha pergunta. E disse:
- O que é importante, a gente não vê...
- A gente não vê...
- Será como a flor. Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas.
- Todas as estrelas estão floridas.
- Será como a água. Aquela que me deste parecia música, por causa da roldana e da corda... Lembras-te como era boa?
- Lembro-me...
- Tu olharás, de noite, as estrelas. Onde eu moro é muito pequeno, para que eu possa te mostrar onde se encontra a minha. É melhor assim. Minha estrela será então qualquer das estrelas. Gostarás de olhar todas elas... Serão, todas, tuas amigas. E depois, eu vou fazer-te um presente...
Ele riu outra vez.
- Ah! Meu pedacinho de gente, meu amor, como eu gosto de ouvir esse riso!
- Pois é ele o meu presente... Será como a água...
- Que queres dizer?
- As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, era ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém terás estrelas como ninguém...
- Que queres dizer?
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir!
E ele riu mais uma vez.
- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego...
- E riu de novo.
- Será como se eu te houvesse dado, em vez de estrelas, montões de guizos que riem...
E riu de novo, mais uma vez. Depois, ficou sério:
- Esta noite... Tu sabes... Não venhas.
- Eu não te deixarei.
- Eu parecerei sofrer... Eu parecerei morrer. É assim. Não venhas ver. Não vale a pena...
- Eu não te deixarei.
Mas ele estava ocupado.
- Eu digo isto... Também por causa da serpente. É preciso que não te morda. As serpentes são más. Podem morder por gosto...
- Eu não te deixarei.
Mas uma coisa o tranquilizou:
- Elas não têm veneno, é verdade, para uma segunda mordida...
Essa noite, não o vi pôr-se a caminho. Evadiu-se sem rumor. Quando consegui apanhá-lo, caminhava decidido, a passo rápido. Disse-me apenas:
- Ah! Estás aqui...
E ele me tomou pela mão. Mas afligiu-se ainda:
- Fizeste mal. Tu sofrerás. Eu parecerei morto e não será verdade...
Eu me calava.
- Mas será uma velha casca abandonada. Uma casca de árvore não é triste...
- Tu compreendes. É longe demais. Eu não posso carregar esse corpo. É muito pesado.
Eu me calava.
Perdeu um pouco da coragem. Mas fez ainda um esforço:
- Será bonito, sabes? Eu também olharei as estrelas. Todas as estrelas serão poços com uma roldana enferrujada. Todas as estrelas me darão de beber...
Eu me calava.
- Será tão divertido ! Tu terás quinhentos milhões de guizos, eu terei quinhentos milhões de fontes...
E ele se calou também, porque estava chorando...
- É aqui. Deixa-me dar um passo sozinho.
E sentou-se, porque tinha medo.
Disse ainda:
- Tu sabes... Minha flor... Eu sou responsável por ela! Ela é tão frágil! Tão ingênua ! Tem quatro espinhos de nada para defendê-la do mundo...
Eu sentei-me também, pois não podia mais ficar de pé.
Ele disse:
- Pronto... Acabou-se...
Hesitou ainda um pouco, depois se ergueu. Deu um passo. Eu... Eu não podia mover-me.
Houve apenas um clarão amarelo perto da sua perna. Permaneceu, por um instante, imóvel. Não gritou. Tombou devagarzinho como uma árvore tomba. Nem fez sequer barulho, por causa da areia.
E agora, certamente, já se vão seis anos... Jamais contara essa história. Os camaradas ficaram contentes de ver-me são e salvo. Eu estava triste, mas dizia: É o cansaço...
Agora já me consolei um pouco. Mas não de todo. Sei que ele voltou ao seu planeta; pois, ao raiar do dia, não lhe encontrei o corpo. Não era um corpo tão pesado assim... E gosto, à noite, de escutar as estrelas. Quinhentos milhões de guizos...
Mas eis que sucede uma coisa extraordinária. Na mordaça que desenhei para o príncipezinho, esqueci de juntar a correia! Não poderá jamais prendê-la no carneiro. E eu pergunto então: "Que se terá passado no planeta? Pode bem ser que o carneiro tenha comido a flor...".
Ora eu penso: "Certamente que não! O príncipezinho encerra a flor todas as noites na redoma de vidro e vigia bem o carneiro...". Então, eu me sinto feliz. E todas as estrelas riem docemente.
Ora eu digo: "Uma vez ou outra a gente se distrai e basta isto! Esqueceu uma noite a redoma de vidro ou o carneiro saiu de mansinho, sem que fosse notado...". Então os guizos se transformam todos em lágrimas!...
Eis aí um mistério bem grande. Para vocês, que amam também o príncipezinho, como para mim, todo o universo muda de sentido, se num lugar, que não sabemos onde, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não a rosa...
Olhem o céu. Perguntem: Terá ou não terá carneiro comido a flor? E verão como tudo fica diferente...
E nenhuma pessoa grande jamais compreenderá que isso tenha tanta importância! " fim *-*